As teorias da comunicação são estudos desenvolvidos ao longo da história, sobre a comunicação social. Abrange áreas como a psicologia, sociologia e filosofia.
Professor Tony Costa, do Senac |
De acordo com o artigo de Maria das Graças Targino, publicado na Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, "se a comunicação busca se consolidar como disciplina, não pode figurar apenas como intersecção passiva ou simples efeito de diferentes orientações do saber. Sua interdisciplinaridade deve ser exigência do próprio objeto, o que demanda, por conseguinte, a explicitação deste objeto".
Seguem as principais teorias estudadas nas aulas e um breve resumo:
TEORIA HIPODÉRMICA (1920-1930): a massa era tratada de forma idêntica. A informação era transmitida da mesma maneira, sem resistência. De acordo com o livro “Teorias e Técnicas do
Jornalismo e da Comunicação”, a Teoria Hipodérmica vê a sociedade como uma massa homogênea de indivíduos, substancialmente iguais, não distinguíveis. Portanto, não acredita que a massa disponha de regras de comportamento, tradições ou estrutura organizacional. Ou seja, não vê um contato relacional abundante entre os cidadãos, pois acredita que estes interagem muito pouco entre si. Assim, a Teoria Hipodérmica vê um isolamento dos indivíduos.
Já o Modelo de Laswell propõe algumas observações sobre a Teoria Hipodérmica. Seria a forma de dualidade, na qual o Emissor espera uma resposta. Ou seja, o Receptor é induzido a agir.
Nesse caso, apesar de certo avanço, a compreensão existente ainda se baseia que o Emissor trabalha sozinho, sem ser influenciado pelas respostas do público. Em outras palavras, a comunicação ainda é vista como intencional e orientada e toma como irrelevante as relações interpessoais do destinatário.
Veja mais: http://estudosdojornalismo.com.br/teoria-hipodermica/
TEORIA DA PERSUASÃO (a partir de 1940): É a mais utilizada pela publicidade. Diferente da Teoria Hipodérmica, que acreditava que não havia barreiras pra um receptor absorver uma mensagem, a Teoria da Persuasão parte da ideia de que grupo de pessoas reage diferentemente a determinadas mensagens.
TEORIA EMPÍRICA DE CAMPO: Fundamenta-se em aspectos sociológicos e deduz que a mídia tem influência limitada na sociedade por ser apenas um instrumento de persuasão. Se a Teoria Hipodérmica falava em manipulação rápida e a da Persuasão, esta está voltada para o conceito de influência não exercida apenas pela mídia, mas contemplando os relacionamentos comunitários, onde os meios de comunicação são apenas um componente à parte.
TEORIA FUNCIONALISTA: Estuda o papel da mídia na sociedade e não mais apenas os seus efeitos. O indivíduo deixa de ser analisado apenas por seu comportamento, e passa a ser estudado por sua ação social, os valores que considera e os modelos sociais que adquire em comunidade.
TEORIA CRÍTICA: Teve início em 1924, com a Escola de Frankfurt, como uma crítica à ordem estabelecida, política e economicamente. Também a caracterizam o anti-positivismo, a busca de uma sociedade mais justa e humana, além de uma crítica ao capitalismo. Seus pensadores são um grupo de intelectuais alemães, entre eles Walter Benjamin, Theodor Adorno, Max Horkheimer e Herbert Marcuse. Com o advento da 2ª Guerra Mundial, seus pensadores foram dispersados pelo regime nazista. A Escola se restabeleceu no fim da década de 1940, após a Guerra.
Os pensadores
Herbert Marcuse |
Max Horkheimer |
Theodor Adorno |
Walter Benjamin |
TEORIA CULTUROLÓGICA: Acredita que a mídia não padroniza a cultura, mas se baseia em uma padronização já existente na sociedade, surgindo a partir de aspectos nacionais, religiosos e humanísticos. Ou seja, a mídia dependeria de muitos aspectos para atingir as pessoas.
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